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COM AUDITÓRIO LOTADO, EVENTO DE EDUCAÇÃO E INCLUSÃO FOI SUCESSO!

Na última terça-feira, 28 de maio, o NOVO Sieeesp, com apoio do colégio Rio Branco, deu início ao Ciclo de Palestras com o evento Educação e Inclusão, que contou com a mediação do presidente do Sieeesp, José Antonio Figueiredo Antiório. O encontro contou com a presença de Claudia Costin (educadora e presidente do Instituto Singularidades); Marco Rossi (superintendente da Fundação de Rotarianos de São Paulo); de Esther Carvalho (diretora-geral do Colégio Rio Branco) e de Mara Ramos (superintendente do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo).

Antiório presidiu o evento e, em sua abertura, apresentou um balanço das recentes ações do NOVO Sieeesp, relacionados aos encontros para discutir cursos técnicos e o projeto que altera o Novo Ensino Médio, com o secretário de Educação do Estado (Renato Feder). O presidente do Sindicato relatou também as reuniões com o secretário de Educação da Cidade de São Paulo (Fernando Padula Novaes), assim como as reuniões recentes com o prefeito, secretários e vereadores de Ribeirão Preto, com o prefeito de Osasco Rogério Lins, solicitando providências em relação às escolas que não atendem às normas municipais de funcionamento, portanto, estando irregulares.

“Não existe evolução sem desenvolver professor”, segundo Esther Carvalho (foto abaixo), sendo necessário encontrar caminhos para motivar o professor a ousar, a buscar novas e criativas formas de fazer da sala de aula. “Em tempos de IA generativa, qual escola vamos construir para que nossas crianças sejam autônomas e críticas, e tenham uma aprendizagem de qualidade? ”

 

“Não existe inclusão perfeita”

Já Claudia Costin afirma que não existe inclusão perfeita. “Não basta colocar todas as crianças na escola. Precisamos que essa escola seja inclusiva. É necessário assegurar uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade”, além de promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida de todos.

Com toda a sua experiência de educadora, Claudia afirma que a inclusão é extremamente desafiadora e, que, por isso, “não existe inclusão perfeita”. Diante desse enorme desafio, ela sustenta que é fundamental o envolvimento da família. “É preciso também trabalhar em conjunto com a família. A presença do profissional de apoio, só se precisar em último caso”. A educadora ressalta que o que se deve priorizar “são os resultados de aprendizagem relevantes e efetivos, não só em infraestrutura, como “piscina e quadra coberta”. Inclusão é processo, e a família “precisa contar com uma equipe multiprofissional que possa orientá-la”, frisa Claudia.

Sobre inclusão, Antiório observou que tem se reunido com vereadores, secretários de educação e prefeitos, pois o NOVO Sieeesp defende uma educação de qualidade e inclusiva. E que esteve, também, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em vários encontros, inclusive, com a deputada Andrea Werner, autora do projeto de lei (17.798/23) a respeito do TEA, buscando uma solução conjunta, a quem foi relatada as dificuldades de uma inclusão com qualidade e responsabilidade.

 

Alfabetização

Claudia abordou (foto abaixo) também a questão da alfabetização no País - cujos dados foram divulgados na última semana pelo MEC, observando que a Coréia do Sul zerou o analfabetismo na década de 1960. Em 2023, 56% das crianças brasileiras das redes públicas alcançaram o patamar de alfabetização definido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para o 2º ano do ensino fundamental. Os dados foram apresentados no 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada.

 

Além disso, a educadora observou que a escola já era desigual na época anterior à pandemia, mas esse quadro piorou muito. Ela citou dados do relatório “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil, divulgado pelo Unicef, em 2013, a taxa de analfabetismo em crianças de 7 anos no Brasil era de 20%. “Esse total dobrou em apenas 3 anos, atingindo os 40% em 2022”.

Cláudia defendeu que “não é errado alfabetizar na pré-escola, pois as crianças pequenas estão muito motivadas para isso”. Mas que é necessário ensinar consciência fonológica de maneira lúdica, com o apoio dos pais em casa. De acordo com ela, “a escola é um lugar para se viver em paz, com intencionalidade pedagógica, tanto quanto na família”.

 

Gestão das águas e segurança hídrica

Mara Ramos (foto abaixo) chamou a atenção para os eventos climáticos ocorridos recentemente - principalmente o drama das enchentes e alagamentos no Rio Grande do Sul –  e a necessidade de atentarmos para uma “boa gestão de águas, que é encontrar um balanço entre a oferta e a demanda para se obter a segurança hídrica”.

Segundo ela, o Brasil é o país mais rico em águas do mundo, mas a região Sudeste, por exemplo, “só conta com tem 6,5% dos recursos hídricos. Dessa forma, é preciso lidar com os impactos das mudanças climáticas e da urbanização”, para se obter o necessário equilíbrio, e “não faltar água para a população, como a do estado de São Paulo, com 44 milhões de habitantes, sendo 22 milhões só na Grande são Paulo, em seus 39 municípios”.

 

Inteligência Artificial: conceitos e caminhos

Trazendo o conceito e a história da Inteligência Artificial (IA), Marco Rossi (foto abaixo) discorreu em sua palestra sobre os impactos e desafios, como a Explicabilidade, a Desinformação, o Viés (como perpetuar preconceitos, por exemplo) e a Regulação. Além disso, ele ressaltou as questões de aplicação da IA generativa e da Inteligência Artificial nas escolas. “As máquinas aprendam errando e melhoram ao longo do tempo, acumulando experiência. Esse é o conceito da IA.”

Conforme Rossi, existem dois níveis de Inteligência Artificial, sendo o primeiro deles aquele em que há uma atuação direcionada só para um determinado fim. Este seria o caso, por exemplo dos carros autônomos, dos assistentes robóticos Siri e Alexa, e da Netflix, “todos operando só uma capacidade”. O considerado 2º nível seria o de IA ampla (Broad AI), como previsão do tempo e apuração de tendências.

E, o 3º nível, segundo Rossi, é ainda esperado para o futuro, a IA Geral ou Superinteligência Artificial (ASI), que já está nos planos da Open AI, Meta e outras corporações, sistema esse que poderia ir além da inteligência humana

Ele destacou ainda as Três Leis da Robótica, criadas por Asimov, que são:

  1. Um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal;
  2. Os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que essas ordens entrem em conflito com a primeira lei;
  3. Um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.

(Fotos por: colégio Rio Branco)

 

Confira algumas fotos do evento:

(Da esq. para dir: Marco Rossi, Cláudia Costin, José Antiório, Esther Carvalho e Nahid Chicani)

 

(Esther Carvalho)

 

(Claudia Costin)

 

(Mara Ramos)

 

(Marco Rossi)

 

(Staff Sieeesp)

 

 

 

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